A Abiove, um grupo brasileiro de oleaginosas, disse na terça-feira 11 de junho que os comerciantes de commodities, devido a padrões e pedidos de proteção contra falências, poderiam cortar o financiamento dos agricultores para a nova safra em cerca de 50% (2019-2020).
Patricia da Silva, Gerente Jurídica e Tributária da Abiove, disse que os possíveis cortes de crédito para os agricultores se devem a uma "quebra de confiança" entre comerciantes e produtores de grãos no Brasil, a maior exportação mundial de soja e outros produtos agrícolas.
As tradings localizadas no Brasil, que utilizam operações de escambo, trocam antecipadamente os fertilizantes e agroquímicos dados aos agricultores por parte de sua colheita futura. Mas a onda de inadimplência que varreu os agricultores do principal estado agrícola do Brasil, Mato Grosso, causou dor de cabeça aos credores, como Agora será muito difícil para eles obter a parte acordada da colheita.
No Brasil, os comerciantes de grãos respondem por cerca de um terço do financiamento agrícola.
"Precisamos restaurar a confiança de nossos parceiros", disse Silva em um evento organizado pela Abiove, onde o grupo prometeu ser mais ativo na discussão de políticas para a indústria do petróleo.
A onda de inadimplência de agricultores no principal estado agrícola do Brasil, Mato Grosso, criou uma dor de cabeça para os comerciantes globais, que são alguns dos principais financiadores de agricultores.
O presidente da Abiove, Andre Nassar, disse a repórteres na terça-feira, 11 de junho, que os comerciantes de commodities são mais cautelosos com a nova temporada devido à incerteza associada aos preços do frete no Brasil e à grande oferta de soja nos Estados Unidos.