Um acordo sobre uma abordagem comum para a reforma da Política Agrícola Comum pode ser adiado ainda mais, pois os Estados membros da UE procuram esclarecer o futuro orçamento político.
Após uma reunião informal dos Ministros da Agricultura da Europa em Bucareste, em 4 de junho, o Ministro da Agricultura da Romênia, Petre Deya, disse a repórteres que muitas das novas regras estão diretamente relacionadas ao plano de longo prazo que rege o orçamento da UE (QFP).
"A maioria dos ministros disse que deveríamos tomar uma certa posição em relação à abordagem geral quando vemos os valores estipulados para a PAC", disse o ministro.
O comissário da Agricultura Phil Hogan disse que, taticamente e estrategicamente, muitos Estados-Membros desejam conhecer o conteúdo do QFP antes de chegarem a conclusões políticas. "O tempo dirá se esta é a decisão certa", concluiu o comissário europeu.
Contudo, o futuro orçamento da PAC estava em risco porque Gunther Oettinger, Comissário da UE para Orçamento e Recursos Humanos, exigiu uma redução nos gastos agrícolas, apontando para um buraco de 12 bilhões de euros nas finanças da UE que a Grã-Bretanha criaria.
De acordo com os planos orçamentários da UE para 2021-2027, os agricultores receberão cerca de 232 bilhões de euros em apoio direto, 30 bilhões a menos do que o atual orçamento de sete anos. Os Estados-Membros não pretendem concluir a discussão do orçamento da UE até outubro.
Embora o diretor agrícola da União Européia, Phil Hogan, insista em que um acordo sobre a ATS possa ser alcançado até o final do próximo ano, os funcionários da UE e os eurodeputados estão menos confiantes.